APOSENTADOS: Lula ganha tempo com os vetos

O assunto parece proibido no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do governo federal. Quando as palavras medida provisória, reajuste, sanção ou veto surgem nas entrevistas, ministros e assessores logo mudam de assunto. Enquanto isso, aposentados e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que ganham mais do que um salário mínimo aguardam uma resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o reajuste de 7,7%, aprovado no Congresso Nacional no mês passado.

O assunto parece proibido no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do governo federal. Quando as palavras medida provisória, reajuste, sanção ou veto surgem nas entrevistas, ministros e assessores logo mudam de assunto. Enquanto isso, aposentados e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que ganham mais do que um salário mínimo aguardam uma resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o reajuste de 7,7%, aprovado no Congresso Nacional no mês passado. O chefe do Executivo tem até o próximo dia 15 para despachar o documento e, de acordo com fontes próximas ao petista, só deve mesmo tomar uma decisão perto da data-limite.

Os ministros que compõem a cúpula econômica do governo recomendaram o veto ao presidente. Paulo Bernardo, do Planejamento, e Guido Mantega, da Fazenda, disseram a Lula que o aumento não cabe no orçamento da União. Ainda de acordo com eles, a sanção da medida provisória poderia comprometer a política fiscal e abalar a boa fase da economia nacional. As reuniões, porém, não param. Na última quarta-feira pela manhã, o mandatário brasileiro voltou a reunir-se com o ministro do Planejamento que, no fim da semana passada, chegou a dizer que um corte no orçamento seria uma “ideia interessante” caso Lula decida aprovar o aumento. “Não está sobrando dinheiro”, disse Guido Mantega também na última semana. “O presidente Lula tem mesmo uma decisão difícil pela frente, mas não temos condições de conceder mais benefícios além dos que já foram estabelecidos.” A declaração do ministro da Fazenda foi dada com a sugestão de compensação para os aposentados: a edição de uma nova medida provisória concedendo abono de 6,14% aos aposentados — índice presente na proposta original do governo.

Lula sabe da importância de agradar o grupo numeroso formado por inativos em ano eleitoral. Os parlamentares também. Além disso, o presidente não quer dar munição aos integrantes da oposição. Por isso, a decisão ainda não foi tomada. A orientação para barrar a MP nos plenários do Congresso foi desobedecida por integrantes da base aliada, e a bomba, agora, repousa sobre o colo do presidente.

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