Carta aberta em defesa do Ministério do Trabalho

Corrupção, suspense e um cenário de incertezas no Ministério do Trabalho, uma pasta devastada no contexto político do Brasil. Os critérios éticos foram deixados de lado, mas certamente isso muito interessa aos governantes. Em Brasília, servidores do Ministério do Trabalho foram surpreendidos com salas arrombadas e documentos oficiais revirados.

Estamos diante de uma repartição pública manchada por escândalos, que nos últimos dias foi alvo de uma ação investigatória da Polícia Federal – a operação “Registro Espúrio”. A operação foi deflagrada para desbaratar uma organização criminosa composta de políticos que aproveitam o prestígio com governo federal e utilizam o órgão como cabide de empregos.

A reforma trabalhista e da terceirização compôs como mais um golpe traiçoeiro, que descredenciou as entidades representativas dos trabalhadores e junto a isso, precarizou mais ainda os serviços do Ministério do Trabalho (MTb). Vale destacar que há anos os governos utilizam essas técnicas de destruição, emprestando dinheiro a fundo perdido de um montante que pertence aos trabalhadores. O “FAT” (Fundo de Amparo ao Trabalhador) deveria custear os benefícios do seguro-desemprego e do abono salarial, além de projetos sociais, todavia, está sendo saqueado para favorecimento do capital e sem prestação de contas.

Houve uma tentativa do governo de implantar o Sistema Único do Trabalho (SUT) com a desculpa que seria para decentralizar os serviços usando o mesmo modelo do Sistema Único de Saúde (SUS), um plano que muito favorece aos governantes, que desviam parte da verba oferecendo menos assistência medica.

Na verdade o objetivo era destruir o Ministério do Trabalho, mas com a resistência dos servidores e das entidades representativas dos trabalhadores, o governo recuou, porém utilizou a mesma estratégia aprovando a Lei do SINE que traz o mesmo modelo do SUT, contudo, o método se tornou mais brando. Sendo assim, fica claro que o intuito prioritário sempre foi distribuir recursos federais para prefeitos e governadores, e essa proposta foi aprovada.

Diante disso, os servidores e as entidades classistas repudiam os desmandos praticados por governos que vem ao longo dos anos investindo no sucateamento do órgão, deixando de lado as políticas públicas que são implementadas em favor do trabalhador, bem como a falta de valorização dos servidores lotados na instituição. Faz-se necessário uma grande luta de todos os trabalhadores para manter o Ministério do Trabalho com suas atribuições originais.

Trabalhadores unidos em defesa do Ministério do Trabalho!

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