O plano de saúde GEAP se transformou num pesadelo, sendo o maior inimigo dos assistidos através da ingerência política dos governos que destruíram a GEAP devido à má administração. Conselheiros que representavam a categoria foram destituídos pelo governo passado, certamente porque descobriram e quiseram defender os interesses da categoria e seus dependentes. Hoje, estamos sem representatividade, e, quando perguntamos a GEAP estadual quem autorizou as diversas demandas prejudiciais, simplesmente respondem que foi o CONAD, que é o atual conselho. Diante o fato tenebroso, os assistidos sofrem retaliações, já o CONAD alega que tudo ocorre por conta do estudo atuarial, e que os assistidos envelheceram sendo obrigados a pagarem a conta.
Devido essa ineficiência administrativa do Governo Federal, não temos a certeza se o dinheiro está sendo aplicado no plano, visto que não existe transparência, o único acontecimento que podemos relatar é que inicialmente investiram o nosso dinheiro em um banco que faliu. Como estará agora? A GEAP se transformou no braço político que favorece aos cabos eleitorais dos governantes.
No Ceará, os assistidos da GEAP, que são mais 18 mil, principalmente os que residem no interior não têm recurso, não tem médicos e hospitais disponíveis, muitos são obrigados a buscar esse atendimento em Fortaleza. Ou seja, além de pagar uma conta indevida, reajustada em 37,55%, chegando boletos na casa dos que possuem o plano, ainda enfrentam viagens cansativas. Ainda sobre a cobrança, alguns assistidos não receberam os boletos e foram excluídos sumariamente do plano, sem comunicado e sem assinatura, atingindo 300 pessoas, somente em Fortaleza. Os servidores e seus dependentes no plano são assegurados pelo contrato, haja vista que todos devem ser comunicados das mudanças que acontecem, tornando a exclusão ilegal. E o mais agravante é que, após serem expulsos, para retornar ao plano, a administração cobra a dívida, todavia, em meio a este cenário de humilhação, os dependentes voltam apenas como agregados, ou seja, pagando mais caro do que como dependente.
Nesta última quinta-feira (24), a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sinprece) presenciou a mãe de uma servidora do INSS de Sobral, uma senhora de 84 anos que enfrentou um câncer de mama e busca tratamento para outras enfermidades, foi obrigada a se deslocar de Sobral, na região norte do Estado, à capital cearense, onde aguarda a boa vontade dos gestores da GEAP Saúde. O drama desta família gira em torno de uma agulha para realizar biópsia na região pélvica, contudo, apesar de duas justificativas do médico que faz o acompanhamento da paciente, a GEAP definiu que o material é incompatível para o procedimento, negando o repasse da agulha. Enquanto isso, há quase dois meses familiares da paciente buscam uma saída que resolva o problema, uma alternativa que gere menos sofrimento, pois, devido a falta de serviços especializados no interior, eles são obrigados a fazerem essa viagem árdua de Sobral – Fortaleza e ficam hospedados em uma pousada.
Enquanto a nossa saúde segue sendo sucateada pelos governos, os gestores da GEAP Saúde edificam suas fortunas e os servidores públicos federais ficam à mercê de um plano falido, arruinado pela ingerência política. Servidores e dependentes merecem respeito e atendimento de qualidade. O Sinprece defende e sempre optou que a GEAP Saúde fosse gerida pelos trabalhadores.
Ainda sobre a eliminação do plano, o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sinprece) orienta aos servidores que foram expulsos sem comunicação prévia, e que desejam continuar, formular denúncia ao Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon), além de registrar um boletim de ocorrência (B.O), para que assim o setor jurídico do sindicato possa mover ações junto ao judiciário, requerendo a reintegração do assistido no plano GEAP Saúde, retornando também seus dependentes.
