Governo Estadual comete crime contra a saúde da população

O SINPRECE denuncia a situação em que se encontra o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) que, no último dia 12/01, através de ofício assinado pelo diretor da referida instituição, Sr. Zózimo Luiz de Medeiros Silva, fechou o atendimento dos serviços de emergência por 48 horas, deixando a população desprotegida dos seus direitos.

Foto: Blog O POVO
Foto: Blog O POVO

 

O SINPRECE repudia o fechamento da emergência e o considera um ato criminoso contra os cearenses, já que a Constituição Federal garante a todo cidadão o direito à saúde. O serviço de emergência hospitalar é considerado SERVIÇO ESSENCIAL, não podendo, em hipótese alguma, ser suspenso. Dessa forma, não justifica a desculpa dada pelo diretor de que era necessário fazer um perfil dos pacientes que se encontravam na emergência.

É importante destacar que já existe uma triagem rigorosa nesse setor do HGF, onde só são aceitos pacientes com o perfil da gravidade que o hospital determina no seu atendimento. No último dia 15/01, o SINPRECE esteve no HGF para buscar informações e explicações da direção do referido hospital, não obtendo êxito, tendo em vista a ausência dos diretores.

No entanto, o sindicato, como em outras ocasiões, constatou as péssimas condições em que se encontra a instituição. Durante a visita, a entidade verificou estrutura física de obras intermináveis, cirurgias suspensas por falta de material, pacientes em atendimento nos corredores, terceirização e precarização dos serviços em constante frequência.

Além disso, o assédio moral que faz imperar a lei do silêncio no hospital é latente, onde funcionários, não concordando com o que determina a diretoria, são perseguidos e punidos. Os terceirizados são demitidos e, os funcionários concursados (estaduais e federais), transferidos de setor ou devolvidos à própria secretaria.

Papel sindical

Ao contrário dos governos, o movimento sindical sempre teve a responsabilidade e o compromisso com os direitos da população. Mesmo com a situação gritante em que se encontra a saúde, com extrema necessidade de se buscar melhorias, seja através de greve ou paralisação, esse mesmo movimento jamais prejudicou a sociedade com fechamentos de serviços essenciais. Por conta disso, a atitude irresponsável da direção do HGF causou grande surpresa.

A prática de mascarar

Importante também destacar que, quando da passagem de cargo, o ex-secretário Ciro Gomes declarou que a saúde do Ceará estava entre as dez melhores do País. As palavras dele não condizem com a trágica realidade, já que a sua postura foi mascarar o problema. O mesmo gestor havia afirmado que resolveria definitivamente, num prazo de 90 dias, a calamidade da emergência no HGF. A solução encontrada por ele foi transferir pacientes de alto risco para outras unidades de saúde, que não tinham menor suporte para recebê-los.

Necessidade de concurso

Isso tudo é reflexo da política implementada pelos governos que, ao invés de fazer concurso público, estão loteando as unidades com gestores que não tem menor compromisso com a população e, sim, com os políticos que as colocam lá. Essas mesmas pessoas que, muitas vezes não tem perfil para tal, abusam do poder que lhes é dado.

Falta de compromisso

Vale lembrar que o SINPRECE, nos governos anteriores, fez várias tentativas através de ofícios, solicitando o agendamento de reuniões com os secretários de saúde que à época ocupavam o cargo. Todas as nossas solicitações não foram atendidas e não geraram resultados concretos. Diante do exposto é real a falta de compromisso e responsabilidade por parte da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, como também dos governos Federal e Municipal.

Modelo de gestão

Todos eles vêm praticando o mesmo modelo de gestão, onde os interesses básicos e necessários da população ficam sempre em último plano. A prioridade desses governos é a manutenção da corrupção e, a sua maior preocupação, defender os corruptos, já que a impunidade impera no Brasil.

Dessa forma é necessário que o novo gestor da pasta, o médico Carlile Lavor, assim como o governador Camilo Santana, mude essa política que só tem trazido prejuízo à sociedade e receba as entidades, atendendo as suas reivindicações. Da mesma forma pontuamos que, mesmo sendo uma atitude isolada do diretor, a responsabilidade é do governador que acaba de assumir o cargo. É deplorável que um início de gestão comece de forma tão negativa para a sociedade.

O SINPRECE defende a saúde pública e de boa qualidade, concurso público para todos os níveis profissionais e que o gestor seja escolhido do quadro dos próprios servidores das unidades.

Diretoria Colegiada do SINPRECE

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