Governo inicia fechamento de agências do INSS

Iniciamos a década com o fechamento de algumas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Um drama anunciado em outrora pelo governo federal, quanto disse ao jornalístico do site UOL que haveria uma contenção de R$ 9,8 bilhões para os cofres públicos – lamentavelmente o alvo seria as APS. No Ceará, registramos o Fechamento das agências de Tabuleiro do Norte e Jaguaribe que, a partir de agora, deixarão de atender cerca de 70 mil habitantes que residem nos respectivos municípios, sem contabilizar as cidades vizinhas que usavam os equipamentos públicos.

Uma decisão equivocada que trará graves prejuízos à sociedade. Diante do previsível caos, veio a resposta do presidente do INSS, Renato Vieira, que aponta a suposta ineficiência dos equipamentos públicos. Porém, ressaltam que eficiência e presteza se faz com gerenciamento e planejamento, sobretudo, com sistemas tecnológicos modernos, capacitação profissional e realização de concurso público para substituir servidores que gozam da aposentadoria – um déficit de 11 mil servidores, segundo matéria publicada no UOL, que fez referência apenas dos últimos 5 anos. São dados assustadores que nunca foram repassados pela gestão, a qual indevidamente transfere a responsabilidade para os servidores, sobrecarregado-os cada dia mais.

Enquanto o governo investe em peças publicitárias milionárias com intuito de mostrar um suposto processo de modernização digital nas APSs, esquece da mão de obra humana. As pesquisas revelam que não há como trabalhar com tecnologia sem a devida reposição de servidores. Os dados oficiais apontam, ainda na matéria publicada no UOL, que no mês de outubro passado existia um total de 2 milhões de requerimentos por benefícios aguardando resposta, destes, apenas 747,9 mil foram concluídos no período estabelecido.

Além disso, o prazo para conseguir um benefício em tempo hábil já não existe. São resultados do esvaziamento de pessoal concursado e das máquinas obsoletas. Contudo, logo fica claro que a população está refém de um projeto falacioso. Não há como trabalhar somente com digital quando existe uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontando que 63,4 milhões de brasileiros não têm acesso à internet.

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