Manifestações se intensificam no país contra a PEC 241 que pretende congelar o orçamento para a saúde e educação por 20 anos

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Em ao menos 14 estados mais o Distrito Federal houve protestos contra a PEC 241 nesta segunda-feira (24). As manifestações vão se repetir e se intensificarão em outros estados hoje (25) dia em que acontece a votação em segundo turno desta proposta na Câmara dos Deputados.

Enquanto o presidente Michel Temer promove verdadeiros banquetes em jantares a parlamentares para amarrar e empurrar goela abaixo essa medida que ataca os direitos dos trabalhadores, as ruas respondem com protestos e indignação.

A PEC 241 já foi aprovada em primeiro turno, no 11 de outubro último. No entanto, por se tratar de emenda à Constituição, para ir ao Senado precisa ser aprovada por pelo menos três quintos dos deputados (308 dos 513) em segundo turno.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que também está nesta força tarefa, intensificou as reuniões e busca apoio do empresariado, ou seja, dos que vão se beneficiar com a medida. Afinal, o desmonte dos serviços públicos como saúde e educação é proposital, serve para que cada vez mais o trabalhador tenha que pagar para ter esses serviços básicos, e quem se beneficia é o empresariado que oferecerá esses serviços como mercadoria.

Meirelles reforça o discurso de que, sem um freio nos gastos, o Brasil não voltará a crescer. Na verdade, o que ele pretende é garantir a meta de superávit primário, dinheiro que é destinado para pagar juros e amortização da dívida pública, em resumo, dinheiro para banqueiros.

É preciso barrar mais esse ataque, e neste momento o foco de nossa central é a luta contra PEC 241 e as reformas Trabalhista e da Previdência, e é preciso avançar na ação e a unidade do movimento para enfrentá-las.

A CSP-Conlutas esteve presente nesses protestos com suas entidades filiadas e durante toda a semana fará pressão em Brasília. Porém, é preciso ir mais além e realizar uma GREVE GERAL, JÁ, começando por construir o dia 11 de novembro, que desemboca no dia 25 de novembro com greves, paralisações e protestos por todo o país.

Confira alguns atos pelo país:

Brasília

As ruas foram tomadas de indignação por cerca de 2 mil pessoas que ocuparam a Esplanada dos Ministérios. O ato saiu do Museu da República e foi até o Congresso Nacional. A manifestação foi composta majoritariamente por estudantes de escolas ocupadas e técnicos administrativos da UNB, servidores públicos organizados pelo Sinasefe, Andes-SN, servidores de Goiânia, entre outros que também engrossaram a passeata.

Houve ainda uma manifestação de servidores públicos que foram para a frente da casa do presidente da Câmara Rodrigo Maia contra a PEC e contra os projetos do governo Temer.

Porto Alegre

A manifestação que seguia pacífica foi brutalmente reprimida pela Brigada Militar. Bombas de efeito moral e balas de borracha foram usadas contra os manifestantes que protestavam contra a PEC. Pela manhã, outro protesto contra a medida percorreu e bloqueou algumas vias da região central da Capital.

Bahia

Os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana fizeram uma panfletagem no pórtico da instituição com o objetivo de fortalecer os atos públicos convocados nacionalmente pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), em conjunto com diversas entidades e centrais sindicais. A mobilização somou-se à manifestação realizada pelos estudantes, que fecharam o acesso à instituição durante toda a manhã.

Servidores técnicos administrativos da Universidade Federal da Bahia (UFBA) também fecharam o portão principal do campus do bairro de Ondina, em Salvador, e impediram a entrada de alunos. A categoria está em greve a partir desta segunda, também em protesto contra a proposta.

Maranhão

Além do Sintrajufe MA, Sindicato dos Judiciários do Maranhão, houve ato de diversas categorias, unificadas contra a PEC 241, em frente à UFMA, em São Luís. Ambas as mobilizações foram destaque na mídia ao longo do dia, além das escolas e universidades ocupadas contra essa medida e contra a pretendida reforma do Ensino Médio sem discussão com os educadores.

Rio de Janeiro

Cerca de 3 mil pessoas foram para as ruas também no Rio de Janeiro. Uma das principais vias da cidade, a avenida Rio Branco, chegou a ficar interditada por 40 minutos. As Centrais sindicais CTB, CUT e CSP-Conlutas e da Frente de Esquerda, Movimento Povo Sem Medo e Frente Brasil popular exigiram a retirada da PEC de pauta da Câmara Federal e do Senado. Esse é o terceiro ato/mobilização realizado no Rio contra a PEC 241. Diferente, do anterior, não houve repressão policial, apesar da forte efetivo de PMs. Contou com a participação de diversos partidos de esquerda e organizações políticas e sociais vários sindicatos dos servidores públicos da Educação e Saúde federal e Estadual e Municipal. Também tiveram presença marcante Institutos federais ocupados e Grêmios estudantis como Pedro II que estão discutindo greve contra a PEC 241.

Alagoas

Servidores da Universidade Federal (Ufal) e do Instituto Federal (Ifal) de Alagoas realizaram uma carreata pela capital nesta segunda. Mais seis instituições de ensino também foram ocupadas por estudantes no estado.

Ceará

Em Fortaleza, o ato ocorreu em frente à reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC) e envolveu estudantes, professores e funcionários administrativos. Foram cerca de 300 pessoas, segundo a organização. A PM não divulgou estimativa.

Espírito Santo

Cinco mil pessoas, segundo os organizadores, participaram do ato contra a PEC 214 em Vitória. O ato foi organizado por estudantes de institutos técnicos federais da capital e do interior.

Pela manhã também houve manifestação em Vitória. Trabalhadores que fazem parte da Frente Estadual em Defesa da Previdência Social, dos Direitos Trabalhistas e Serviços Públicos saíram pelas ruas. O coletivo reuniu movimentos sindicais, sociais e populares.

Mato Grosso

Cerca de 50 estudantes do campus da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) de Sinop, a 503 km de Cuiabá, ocupam desde o início da manhã desta segunda (24) o prédio administrativo da instituição, em protesto contra a PEC 214.

Minas Gerais

Em Belo Horizonte, servidores organizados pelo SindRede-BH, filiado à CSP-COnlutas, junto a outros sindicatos, fizeram pressão junto aos deputados no aeroporto de Brasília.

Estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ocupar o Centro de Atividades Didáticas (CAD) 2, no campus da Pampulha.

Em Uberlândia, estudantes, professores e trabalhadores administrativos da Universidade Federal da cidade, a UFU, iniciaram nesta segunda uma greve por tempo indeterminado. Também houve paralisação de professores nas universidades federais de Juiz de Fora (UFJF), São João del Rei (UFSJ) e de Viçosa (UFV).

Pará

Servidores públicos e estudantes realizaram, em Santarém, no oeste do Pará, um ato contra a PEC 241.

Pernambuco

Estudantes protestaram contra a PEC 241 e interditaram um trecho da BR-101 perto da Universidade Federal de Pernambuco, a UFPE, no Recife.

Roraima

Professores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) fizeram uma paralisação em protesto contra a PEC 241. A ação começou às 7h na sede da UFRR e deve seguir até às 21h no Centro Cívico de Boa Vista.

Santa Catarina

Em Florianópolis, uma caminhada foi feita no centro da cidade em protesto contra a PEC 241. O grupo se reuniu por volta das 16h no Largo da Alfândega e caminhou pelas ruas do Centro da cidade, como a Rua Fernando Machado e Avenida Hercílio Luz. O evento foi organizado nas redes sociais, pelo movimento Rede Fora Temer Floripa. Não havia estimativa de público.

Fonte: http://cspconlutas.org.br/2016/10/manifestacoes-se-intensificam-no-pais-contra-a-pec-241-que-pretende-congelar-o-orcamento-para-a-saude-e-educacao-por-20-anos/

Com informações do G1

 

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