Ainda que fosse apenas 1 desaparecido, mas são 243. Mesmo que estivéssemos aqui falando de 1 caso isolado de tortura ao invés de 1.843 e 435 assassinatos, jamais trataríamos esse período como um fato histórico normal. Milhares de pessoas tiveram suas vidas ceifadas e exatamente por isso, nesse domingo (31), na Praia de Iracema, em Fortaleza, manifestantes entoaram “Não a Ditadura Militar”, grito compartilhado por diversos outras pessoas que compareceram aos atos ocorridos paralelamente em todo o Brasil.
Os números são de verdadeiras atrocidades, nada de história, apenas derramamento de sangue, talvez a mais sangrenta da história do Brasil que, mesmo com a omissão dos fatos pelos órgãos governamentais da época, existem registros de 6.016 denúncias de agressões, choques elétricos e mutilação do próprio corpo.
Nada que marque, a não ser a saudade de familiares de vítimas nunca encontradas no período ditatorial do Brasil. A mensagem foi deixada na manifestação que reuniu movimentos sociais, sindicais, populares, visitantes, entre outros, em patente demonstração de descontentamento após publicação de decreto presidencial exaltando o período mais sombrio de nossa história.