Mundo estranho em época de pandemia

O mundo está diferente! As pessoas se comportam de maneira estranha nesta pandemia. Respeitando o isolamento social ou simplesmente ignorando a medida de prevenção, a humanidade segue arriscando a saúde em meio a uma crise sanitária destruidora, que tem à frente um microorganismo devastador e que vidas já ceifou, entre elas de muitos profissionais da saúde.

Profissionais que se arriscam diariamente para salvar vidas humanas, mesmo entre a incerteza, desconhecimento e descobertas científicas. Remédio para malária, droga para piolho e agora um vermífugo. Todos engajados no combate ao covid -19. Construção de hospitais de campanha, compra de respiradores, montagem de UTIs, arredamento de hospitais particulares, etc. E, assim, seguem as projeções contra o avanço do coronavírus.

Mas o que os governos estão fazendo pelos profissionais de saúde? Os servidores estão na linha de frente sem equipamentos de segurança adequados, conforme normas técnicas estabelecidas pela Anvisa e Organização Mundial da Saúde. A justificativa é única para todos: “faltam EPIs em época de crise”. Mas por qual motivo esses governos não se planejaram? São perguntas que certamente deverão ser respondidas diante tantas denúncias junto ao Ministério Público do Trabalho e outros instituições fiscalizadoras.

Enquanto isso, servidores seguem na corda bamba. E se engana quem pensa que a desvalorização do servidor acontece somente nas unidades hospitalares. Todos são assediados e estão na ponta do iceberg! No Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), servidores considerados do grupo de risco que, neste momento realizam atividades de casa, sem ao menos passar por uma entrevista para saber se há condições tecnológicas ou estrutura física necessária, simplesmente recebem a demanda e devem cumprir o prazo, e ponto final. A manutenção da meta tal qual na agência é gesto em discrepância com a realidade em época de pandemia, já que esses servidores do INSS terão as atividades laborais cumuladas com tarefas domésticas e atividades escolares de filhos também em quarentena.

Atitudes desumanas chocam a todos. Em um hospital de Fortaleza, lançaram até um memorando na contramão dos cuidados com as pessoas idosas. O documento define a idade limite de 70 anos para servidores estarem em atividade, 10 anos a mais se comparado com a recomendação da OMS, Ministério da Saúde e Governo do Estado.

Realmente um mundo estranho! Em pouco mais de um mês, no Brasil, os números de contaminados passam de 70 mil, e mortes ultrapassam 5 mil, segundo Ministério da Saúde, e mesmo assim há o contraditório dos servidores estarem nesta guerra sem escudos apropriados devido a inoperância dos governos que, desde sempre, entregaram a saúde pública nas mãos de Organizações Sociais (OS).

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