Saúde publica cearense no abismo sem remédios, materiais hospitalares e insumos

A saúde pública cearense está no abismo! Cidadãos que necessitam de serviços essenciais e eletivos sofrem com sucateamento, falta de pessoal, escassez de materiais hospitalares (luvas, máscaras e aventais) e limitação de insumos. Enquanto a saúde pública desmorona, governos municipal e estadual tentam mascarar a realidade entregando a administração de unidades básicas de saúde e hospitais para Organizações Sociais, Fundações e Cooperativas – institutos que priorizam a precarização no atendimento.

No Centro de Saúde Meireles, unidade que oferece vacinação, pediatria, com destaque ao programa de assistência às crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV), assistência especializada à saúde masculina e atendimento para pacientes ostomizados passará a ser um núcleo de pediatria em abril de 2022, quando concluírem a obra. A medida de reforma do prédio foi tomada sem qualquer consulta aos pacientes que, na ocasião, ainda não estão sendo atendidos.

A gestão estadual de Saúde alega que é necessário modernizar o sistema, contudo, parece desprezar o martírio vivenciado pelos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Causa estranheza essa suposta preocupação do governo em modernizar equipamentos públicos em pré-campanha eleitoral, pois parece contraditório falar em modernização quando não há respeito e educação para com a população e servidores, que foram jogados em qualquer lugar, sem a certeza de retorno e esquecidos ao “Deus-dará”.

Governantes e seus representantes comissionados parecem insensíveis ao caos social na saúde pública, quando executam ações que aumentam o sofrimento da sociedade mais carente. No decorrer da pandemia do coronavírus, no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), por exemplo, em ato de desumanidade, uma ala exclusiva da pediatria foi extinta. Ainda nesse contexto de atendimento de humanização, em toda rede de saúde pública, pacientes acometidos pela covid-19, diferentes de hospitais privados, não têm direito ao acompanhante mesmo que este assine termo de consentimento livre. Sem esquecer das várias denúncias de familiares de vítimas do coronavírus noticiadas nos jornalísticos sobre a falta de medicamentos e respiradores.

A saúde carece de atenção urgente e não somente pode ser enxergada como instrumento eleitoreiro. O governo necessita realizar concurso público, que é diferente de seleção pública, deve investir na infraestrutura e aprimorar a política de melhoramento no serviço público, a fim proporcionar a continuidade do bom atendimento realizado na rede SUS, como era no início, em 1990, garantindo o direito universal à saúde.

O Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sinprece) é contra à qualquer tipo de medida que retira direitos dos servidores públicos e trabalhadores que utilizam a rede pública de saúde. A sociedade merece respeito!

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