Saúde: Cirurgiões pedem desligamento do SUS

Os quatro meses de paralisação dos cirurgiões cardiovasculares conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Ceará culminaram no pedido de descredenciamento do sistema, feito por 20 dos 24 profissionais que exercem essa função em Fortaleza.
 

Os quatro meses de paralisação dos cirurgiões cardiovasculares conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Ceará culminaram no pedido de descredenciamento do sistema, feito por 20 dos 24 profissionais que exercem essa função em Fortaleza.
 
Em assembléia da Cooperativa dos Cirurgiões Cardiovasculares e Torácicos do Ceará (Coopercard), realizada na noite de ontem, na sede da entidade, os médicos decidiram apresentar as cartas de descredenciamento do SUS aos gestores municipais de saúde hoje.
 
“Até os procedimentos cardiovasculares de urgência e emergência do SUS, nos hospitais São Raimundo, Batista, Prontocárdio e Antônio Prudente deixarão de ser realizados”, afirmou Haroldo Brasil, representante dos médicos cirurgiões cardiovasculares conveniados ao SUS no Ceará.
 
Ele explica que, após quatro meses de negociações, não houve formalização do acordo verbal de reajuste na tabela do SUS no Estado. Segundo Haroldo Brasil, hoje o valor do procedimento cardiovascular é de 17% do valor da tabela da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), que é de R$ 1.000,00. Este é a quantia praticada pela Associação Médica Brasileira (AMB).
 
A proposta dos médicos é de que esse percentual aumente para 70% ( o equivalente a R$ 700,00) e que os procedimentos sejam pagos através da Coopercard. “Nós não queremos nem equiparar o valor do SUS ao da CBHPM. Ainda estamos dando um desconto de 30%, mas ficamos cansados de esperar uma formalização”, ressaltou o representante.
 
Responsabilidade
 
A verba para todas as despesas do SUS, inclusive o pagamento dos profissionais, é repassada diretamente pelo governo federal aos municípios. Apesar disso, na tarde de ontem, os cirurgiões cardiovasculares conveniados ao SUS em Fortaleza reuniram-se com representantes da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), na tentativa de formalizar um acordo. Ao final do encontro, não houve negociação de reajuste. “Foi decepcionante”, revela Haroldo Brasil.
 
Embora a responsabilidade pela questão seja da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a Sesa “não tem se furtado de discutir problemas de saúde”, afirma o secretário-executivo da Sesa, José Arruda Bastos.
 
*Com informações do Diário do Nordeste (Editoria Cidade)

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