Será mesmo que essa suposta reestruturação resolverá a contratação indevida sem concurso público?

Mais uma vez o governo trata a saúde pública como mercadoria. Uma verdadeira comercialização de cargos e poderes apresentada neste cenário como “reestruturação”. Parlamentares e prefeitos estão a fios de uma guerra com a suposta Plataforma de Modernização na Saúde. De um lado estão as recomendações dos deputados acerca da ocupação de cargos nos consórcios de Saúde, por outro prefeitos seguem insatisfeitos com a proposta.

Contudo, expressamos aqui nossa preocupação com os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS); servidores e sindicatos das respectivas categorias que nunca são chamados a participar dos referidos debates. É lamentável assistir toda essa briga de interesses enquanto a população segue aguardando um atendimento humanitário. Servidores operam em locais insalubres e sem quaisquer condições de infraestrutura e, mesmo quando há, falta o essencial – suprimentos básicos para o atendimento.

Até quando a ingerência política prevalecerá neste importante setor? Pessoas morrem a todo instante em filas de hospitais públicos enquanto os representantes da nossa política discutem medidas ineficazes para a resolução do problema. Ocupar os cargos de chefia por servidores de carreira e conhecedores das reais necessidades em substituição às atuais indicações políticas será um degrau para o bom funcionamento na saúde, mas não a extinção do serviço público, o repasse da saúde para empresas privadas que buscam o lucro certamente prejudicará quem dela necessita, desde a triagem até a sua prestação e custo final. A população precisa enxergar que o oportunismo se instala em meio a esses acirramentos políticos.

Estejamos atentos para todas as alterações, sobretudo para as discussões na Casa Legislativa, por ser uma alternativa de reivindicar melhorias. Ainda sobre as mazelas na saúde pública, fiquemos em alerta também para as propostas de gerenciamento por parte das Organizações Sociais (OSS), que nada mais é do que uma forma discreta que os governos encontraram para privatizar a Saúde.

O Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sinprece) repudia tais ações governamentais que excluem servidores e sociedade civil dos debates. A Saúde Pública é nossa, logo devemos participar de qualquer processo de mudança.

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