Sete funcionários e aposentados estão fazendo greve de fome em frente ao INSS

Os servidores do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) entraram em greve de fome para se manifestarem contra a retirada de um ganho judicial, uma espécie de gratificação, que representava 84% do salário. Desde ontem (20), sete funcionários e aposentados do órgão pararam de comer e estão em frente à agência da Rua Apodi.
 

Os servidores do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) entraram em greve de fome para se manifestarem contra a retirada de um ganho judicial, uma espécie de gratificação, que representava 84% do salário. Desde ontem (20), sete funcionários e aposentados do órgão pararam de comer e estão em frente à agência da Rua Apodi.

Eles questionam como o governo pode desobedecer a uma decisão judicial e decretar o fim da gratificação por meio de um ato administrativo. “Nós, cidadãos, somos obrigados a cumprir a lei, porque não é acontece o mesmo com o governo?”, indaga o grevista Nilo Dias.

De acordo com o diretor da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), Francismar Maia, 80% dos funcionários do INSS do Rio Grande do Norte passaram a receber seus contracheques com valores irrisórios. “Alguns servidores recebem o contracheque de R$ 80, R$ 14 e até negativo”, informou.

O aposentado José Pedro do Nascimento, 60 anos, é protagonista de uma situação extrema: o seu contracheque possui o saldo negativo. O Governo federal também cobrou de volta o valor do ganho judicial concedido durante 15 anos. Ao lado disso, os empréstimos consignados contribuíram para o saldo negativo de cerca de R$ 600.

Outro detalhe é que o próprio setor de recursos humanos do INSS emitiu uma declaração que atesta a crítica situação financeira do aposentado. “Eu mostro a declaração para quem vem me cobrar, mas eu tenho que ficar me escondendo das pessoas para não passar por velhaco”, desabafou.

Ele não participa da greve de fome, porém, virá ao local todos os dias para saber como estão às negociações. “O problema é que eu venho aqui, mas só recebo notícia ruim”, declarou. José do Nascimento possuía a renda principal em sua casa, onde sustenta a esposa e dois filhos. “O pior é que eu tenho um filho inválido”, lamentou. Precursor da iniciativa “Além de tirar o ganho judicial, o governo agora está cobrando que foi pago. É um quadro desolador”, disse Manoel Moura Filho, aposentado que realizou uma greve de fome há alguns meses. Ele precisa tomar cinco medicamentos todos os dias, sem contar com dois colírios. Sua pressão é constantemente monitorada.

A renda de Manoel Moura corresponde a 50% das despesas de sua família. “Eu moro com minha mulher e três filhos. Um deles tem um ano e dois meses e eu preciso criar esse menino”, expôs.

Todos os problemas de saúde que se abateram sobre o aposentado o deixaram com uma aparência muito desgastada para os seus 49 anos de idade. Atualmente, as suas finanças agravaram a condição de sua saúde. “O governo Lula está fazendo é semelhante ao nazi-facismo”, avaliou.

*Com informações do Correio da Tarde

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