Sinprece repudia ações de violência no Brasil

Talvez este seja o “Mês da Mulher” mais sangrento para uma nação que tenta escapar da violência urbana. Crimes hediondos, crimes arquitetados e sangue de inocentes derramado. Famílias e lares destruídos em decorrência da inoperância de um Estado falido, que simplesmente trata com diferença os mais diversos casos de crueldade ocorridos neste Brasil tão sofrido. Esquecem ou fingem que a educação é o melhor remédio para combater a violência. Preferem investir em repressão militar, atingido as camadas sociais mais vulneráveis e perseguindo aqueles que lutam por uma sociedade mais justa e plural.

Marielle Franco é o exemplo de uma grande perda no Rio de Janeiro. Uma execução planejada ou não, resta somente agora uma apuração. Apuração que deve ser rápida e verdadeira, pois ali se concentrava a energia e o sangue de várias mulheres brasileiras. Marielle era guerreira e lutava contra a injustiça e, quando usava a tribuna da Casa Legislativa, era para denunciar e cobrar políticas sociais para um povo invisível. Povo que se concentra nas 763 comunidades carentes do Rio de Janeiro, cerca de 1.393.314 pessoas, segundo IBGE.

No mesmo episódio, talvez mais severo que um cenário de guerra da Síria, o motorista da vereadora também foi morto pelos assassinos. Anderson Gomes teve a vida ceifada e agora o filho de um ano só conhecerá o Pai por fotos. E desta vez as autoridades não poderão falar que o crime ocorreu em uma área crítica, pois o fato se deu próximo ao prédio da prefeitura e do hospital militar. Falha da segurança? Crime político? Essas execuções sumárias devem ser apuradas com o máximo rigor em nome de todas as vidas que diariamente são ceifadas em nossa sociedade e que ficam sem resposta.

O nosso Estado também chora as mais diversas mortes prematuras, como aconteceu na última chacina no bairro Benfica. Estamos ainda na primeira quinzena de março e já registramos mais de 1.100 assassinatos, destes 127 são feminicídios. São números assustadores que comprovam a falta de estratégias inteligentes na Segurança Pública. Em janeiro foram 56 mulheres mortas, 42 mulheres assassinadas em fevereiro e no mês de março, até o dia 13 passado, os órgãos de segurança somaram 24 mulheres vítimas da violência.

Repudiamos as mortes de Marielle e Anderson. Mortes de um trabalhador que buscava honestamente o sustento da família e de uma mulher aguerrida e que também era mãe, inclusive mãe e protetora de 46 mil eleitores e incontáveis admiradores. E de todas as mortes registradas e esquecidas por falta de estrutura na polícia judiciária brasileira.

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