Neste dia 6 de julho a greve dos servidores administrativos do Ministério do Trabalho completa três meses sem perspectivas de acabar. Com a obtenção de liminar proibindo o desconto dos dias parados e cumprindo a determinação de contingente de 50% dos servidores atendendo Carteiras de Trabalho de e Seguro Desemprego, os servidores estão dispostos a continuar até que o governo implemente uma nova carreira e equipare seus vencimentos aos do INSS.
Debandada
Os novos servidores que ingressaram via concurso público em 2009 continuam pedindo demissão de seus cargos.
O percentual, segundo o comando de greve, já ultrapassa os 65% e vai aumentar se não houver um incentivo por parte do governo. Esses servidores entraram para substituir os terceirizados que foram proibidos pelo Ministério Público de continuarem nas agências do Trabalho e Emprego.
AGU no STF
O governo, via Advocacia geral da União, já ingressou com recurso querendo desfazer o não desconto dos dias parados obtido pelos grevistas no Superior Tribunal de Justiça. Para o ministro Luis Adams, da AGU, “a greve não pode ser remunerada. Isso não existe. Quem parou não pode receber e vamos insistir no Supremo para reverter essa questão”.
Dissídio
O Superior Tribunal de Justiça ainda não marcou a audiência para conciliação entre governo e grevistas, mas para a AGU isso não deve ocorrer uma vez que após o dia 3 de julho, qualquer decisão do STJ não poderá ser cumprida pelo governo por estar em ano eleitoral e também porque o pessoal do MTE já tem plano de carreira, o da seguridade Social e do Trabalho e não há possibilidade do governo dividir as categorias. Os grevistas alegam que o INSS também fazia parte da mesma carreira e que obteve carreira própria e se isso ocorreu com eles poderá
ocorrer também com o Trabalho. A reportagem procurou a assessoria de imprensa do STJ e obteve a informação de que não há previsão de julgamento deste dissídio.
Atos pelo país
Diversos atos pelo país devem marcar esses três meses de greve. Os grevistas realizam atividades como pressionar parlamentares e obter apoio junto à entidades sociais para tentar sensibilizar o governo. Segundo o comando, mais de 150 mil carteiras e trabalho deixaram de ser emitida, informação confirmada pelo MTE que confirma também o cumprimento da determinação dos 50% em atendimento a serviços essenciais. JEFERSON
HOST – INFO DF – COM AGÊNCIAS