Seminário INSS Digital reúne servidores da capital e do interior

Servidores da capital e do interior participaram do seminário “INSS Digital e teletrabalho: os avanços tecnológicos e seus impactos na carreira do seguro social e no atendimento à população”. O evento foi realizado no sábado (21) no período da manhã. Os convidados que compuseram a mesa iniciaram o debate fazendo uma síntese do atual momento político. “Em 2016, sofremos uma inflexão muito importante que foi inaugurada com o Impeachment da Dilma. Ao longo dos 14 anos do governo do PT, o governo chamado frente popular, nós do Andes fizemos uma séria de críticas ao caráter daquele governo e as politicas que vinham sendo implementadas que tinham também o caráter de atacar os direitos dos trabalhadores”, disse Raquel Dias do Andes, que também ocupa a coordenadoria da Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas.

Já José Campos, diretor da Fenasps, criticou a gestão do governo Temer e seus aliados. O sindicalista citou algumas situações que aprofundam cada vez mais o Brasil no mar de lama. “O fora Temer não tem a ver com uma disputa partidária. O fora Temer, independente de o nome Temer, tem a ver com a formatação do projeto que leva a sociedade brasileira perder direitos e conquistas que teve desde a Constituição de 88”, declarou. Campos também considerou necessária uma resistência dura e mais forte, sugerindo a construção desse modelo no XV Confenasps. “O emprego no INSS e nossa condição de servidor do INSS estão ameaçados. A nossa luta faz parte da luta de resistência da sociedade brasileira para manter a previdência social”, pontuou.

Os questionamentos sobre os possíveis avanços e impactos com a mudança foram apresentados pela assistente social Crizeuda Castro. A profissional acredita que o projeto seja mais uma artimanha do governo para afastar o segurado das agências. “Querem mostrar mais uma vez que não há essa demanda excessiva nas agências. Que não temos pessoas esperando nas filas”, disse Crizeuda fazendo referência que o processo será uma nova maquiagem do executivo.

“Os canais oficiais do governo afirmam que estamos no caminho acelerado para o futuro, para melhoria da qualidade de vida do servidor e que esse avanço tecnológico só trará benefícios. Esse discurso futurista acaba entrando em contradição com as práticas da gestão do INSS”, disse Lenin Tierra, diretor do Sindsprev RN. O palestrante, que é servidor do INSS de Mossoró, exemplificou o seu discurso citando algumas exonerações que ocorreram na autarquia. Na verdade fatos políticos que acontecem diariamente no INSS. “Estamos em meio à proposta que nos levará ao avanço tecnológico, mas estamos ancorados no passado colonial”, considerou Lenin.

 

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