O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou nesta terça-feira (21) que se a crise financeira global atingir o Brasil haverá redução de recursos em todos os ministérios. “Eu não posso assumir o compromisso com vocês de que, se houver uma crise econômica que abale o Brasil, a gente vai manter todo o dinheiro de todos os ministérios", disse Lula em discurso na cerimônia de 60 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. A declaração repercutiu em vários jornais.
O governo já anunciou diversas medidas de crédito para tentar aliviar os efeitos da crise para o setor financeiro. Os bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) foram autorizados por medida provisória a comprar ações de bancos de pequeno e médio porte ameaçados de falência. A os produtores agrícolas ganharam mais R$ 2,5 bilhões para o fomento a linhas de crédito e a construção civil terá R$ 4 bilhões disponíveis para empréstimos aos empresários do setor.
CNI defende cortes no funcionalismo
Setores do empresariado nacional começam a se manifestar em benefício próprio, a exemplo da Confederação Nacional de Indústrias (CNI), cujos dirigentes emitiram nota nesta semana afirmando que a resposta para a crise está no corte de gastos com a folha de pagamentos do funcionalismo público.
Retroativos continuam a não serem pagos
Milhares de servidores atingidos pelas MPs 440 e 441, aguardam com ansiedade o pagamento dos valores retroativos – a maioria a julho, mas há casos desde março. E até agora nada de sair o pagamento. Nas prévias do contracheque de outubro não há qualquer sinal destes valores.
A diretoria da Fenasps divulgou na página da entidade na internet que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) não deu qualquer informação sobre os pagamentos, apesar do compromisso assumido em pelo menos dus audiências de que o retroativo seria pago ainda neste mês, em folha suplementar.
Os plantonistas da direção da Fenasps que estão hoje em Brasília já cobram ao MPOG o cumprimento do acordo com os servidores do INSS (com pagamento imediato da parcela retroativa referente aos meses de julho e agosto). No GT/SUS, que está reunido hoje, o cumprimento dos acordos com os servidores da Saúde também será cobrado.
As declarações e ações do governo são mais um motivo para a construção de um grande dia de paralisação em 5 de novembro.
*Com informações do SINSPREV

Greve INSS é destaque no programa “Chame o Barra”
Na quinta-feira (18), a TV Jangadeiro, afiliada do SBT, acompanhou de perto o terceiro dia de greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social