O seminário pra discutir a nota elaborada pela diretoria de gestão de pessoas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e a estrutura remuneratória dos servidores movimentou a categoria na última sexta-feira (29/08). Durante o evento foi tirado um indicativo para a FENASPS chamar um encontro nacional dos servidores do INSS nos dias 13 e 14 de setembro em Brasília, com o objetivo de deliberar uma ação mais contundente de mobilização dos trabalhadores. Os servidores também deliberaram a criação de um abaixo-assinado reforçando o pedido de incorporação da GDASS aos salários e a reestruturação da carreira.
Com o salão do hotel Mareiro lotado de ativos e aposentados, de Fortaleza e Interior do Estado, o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Ceará (SINPRECE) esclareceu, mobilizou e provocou os servidores a tomar posição política de pressionar o Governo Federal a cumprir o que o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) tem recomendado.
De acordo com Carmen Fosch, dirigente do Sindisprev/RS e convidada para debater os temas abordados no seminário, todas as propostas feitas até agora pelo Governo Federal têm gerado um grande estresse na categoria de trabalhadores. Apesar da crítica, ela pontuou que a Nota Técnica é um importante pontapé inicial para a negociação. “Nós sentamos com o governo por várias vezes e nunca houve uma proposta apresentada pelos servidores que foi aprovada, como também não houve nenhum tipo de proposta por parte dele”, afirma.
Para Fosch, somente a mobilização dos trabalhadores poderá garantir as condições necessárias de buscar e avançar nas questões que estão documentadas na Nota Técnica do INSS. “Não há compromisso por parte do Governo Federal e do INSS para abrir um processo de negociação conosco”.
Durante várias falas proferidas no evento, os servidores presentes destacaram que, as gratificações que hoje complementam o salário dos trabalhadores, devem ser incorporadas imediatamente. Segundo eles, o que o governo ofereceu para a categoria foi sempre uma reestruturação de tabela, que passa somente pelo ponto do GDASS. “Não pode existir categoria forte de servidor sem um plano de carreira instituído”, avaliaram.