Segue matéria na íntegra publicada no jornal OPOVO deste domingo, 14 de novembro:
Com a notícia de que haverá uma reforma, o Centro de Saúde Escola Meireles segue com os portões fechados desde o mês de agosto passado. A situação é considerada grave e, sem dúvida, tem causado impacto na vida daqueles que mais necessitam do atendimento. Fora isso, não houve, ainda,
qualquer informação do governo nas mídias convencionais sobre a reforma, simplesmente fecharam e distribuíram todos os serviços existentes para locais diversos, prejudicando a entrega de remédios para enfermidades graves, consultas com especialistas, exames laboratoriais e vacinas.
O governo estadual age de forma insensível com a população, sobretudo, para com pacientes mais humildes que não têm nem mesmo o dinheiro do ônibus para se deslocarem ao Meireles e ainda se deparam com o posto fechado. Unidades de saúde, como o Centro de Saúde Meireles, têm papel fundamental na garantia do acesso às ações de saúde na prevenção e tratamento. Será essa a medida que o governo Camilo Santana escolheu para prestar assistência à população? E como explicar o privilégio de alguns funcionários que permanecem na unidade, mesmo sem prestar qualquer tipo de atendimento?
Repudiamos a transferência de profissionais para outros postos de atenção básica, situação que sobrecarrega e aglomera ambientes laborais. Além disso, é desrespeitoso tratar com indiferença pacientes que necessitam de amparo.
É imensurável a dimensão desse prejuízo, visto que a população já convive com as deficiências no atendimento de saúde pública e, agora, se depara com uma nova situação adversa. O projeto de reforma, se realmente existe, já que nenhuma placa com ordem de serviço foi inserida no local, reforça uma série de retrocessos e desrespeito a população. Imaginem quantos pacientes deixarão de fazer exames preventivos, tomar vacinas e receber
medicamentos.
O governo segue negligenciando com o atendimento à população e arremessando a saúde pública em um denso poço.