Em resposta ao protesto organizado no dia 24 de janeiro por servidores ativos e aposentados, que exigiram uma posição do MPF sobre o tratamento desigual por idade relativo ao aumento da mensalidade para pessoas acima de 59 anos e à redução para os mais jovens, o MPF convocou uma audiência entre o sindicato e a Geap Saúde.
Durante a audiência, realizada nesta terça-feira (16), os diretores do Sinprece detalharam a trajetória da Geap, fundada pelos próprios servidores e que, nos últimos anos, tem aumentado as mensalidades a um ponto insustentável para a maioria, além de implementar cotas extras de coparticipação e reduzir o atendimento na capital e não oferecer assistência para os beneficiários nos municípios do interior.
Os diretores propuseram que a Geap reduza custos, como os de aluguéis em áreas nobres, optando por estruturas mais simples para apoiar os servidores idosos que contribuíram para a construção da fundação. Também criticaram o aumento no número de funcionários (diretores executivos) e a influência excessiva dos governos e partidos políticos, transformando a Geap Saúde em moeda de troca.
O advogado da Geap Saúde explicou que a fundação está operando sob um novo convênio, que demorou de 6 a 7 meses para ser elaborado, baseando-se em cálculos atuariais para equilibrar os reajustes das mensalidades e expandir a base de clientes, penalizando os idosos e atraindo o público jovem.
Ao final da sessão, o procurador deu um prazo de cinco dias para que a Geap e o sindicato se manifestem. O Sinprece reafirma a defesa permanente da categoria.
