
Na manhã dessa quarta-feira (27), o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Ceará (Sinprece) esteve no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para acompanhar de perto o andamento dos processos de Requisições de Pequeno Valor (RPVs) e precatórios que envolvem seus representados. A comitiva, composta pelas diretoras Carmem Marques, Graça Queiroz, Elenir Pereira e o advogado Helanio Cavalcante, buscava esclarecimentos sobre processos parados desde outubro de 2023, sem a emissão de alvarás.
Inicialmente, os representantes foram recebidos pelo chefe de gabinete da juíza substituta, Gláucia Maria Gadelha Monteiro responsável pela liberação dos alvarás. Mesmo explicando que o sindicato é parte legítima na defesa dos beneficiários, houve resistência quanto ao atendimento. Após insistência, foi possível dialogar com a magistrada.
Durante a conversa, os dirigentes relataram casos de servidores com mais de 100 anos e colegas em situação de saúde grave, inclusive óbitos recentes sem que os beneficiários tivessem recebido os valores devidos. A juíza afirmou que os processos seguem a ordem cronológica e que não há previsão de prioridade por idade ou estado de saúde.
A direção do Sinprece buscou contato com a nova presidente do TRT/CE, desembargadora Fernanda Maria Uchôa de Albuquerque, que os recebeu com cordialidade e escutou atentamente os relatos. Foram apresentados o histórico de desmembramento dos processos, a defasagem nos valores após atualização judicial e os prejuízos enfrentados pelos servidores ao longo dos anos de espera.
A desembargadora explicou que já havia designado dois servidores para reforçar a equipe que atua com precatórios, mas reconheceu as dificuldades enfrentadas no setor por falta de pessoal. O sindicato sugeriu que esses servidores também pudessem atuar no destravamento das RPVs acumuladas, e reforçou a necessidade de uma força-tarefa.
Como encaminhamento, a presidente disponibilizou um canal direto de acompanhamento por meio do seu assessor, que repassou um contato ao advogado do sindicato.