Decisão de elevar empréstimos para 40% prejudica aposentados

A Federação dos Aposentados e Pensionistas de Minas Gerais (FAP/MG) repudia a decisão do Conselho Nacional de Previdência Social, tomada hoje (10), de elevar para 40% a margem de comprometimentos dos aposentados e pensionistas do INSS com empréstimos consignados (30%) e cartão de crédito (10%).
 
A medida é anunciada apenas 15 dias após o mesmo Governo conceder reajuste de apenas 5,9% para os segurados que recebem acima de um salário mínimo, enquanto o mínimo subiu 12%. “O Governo Federal está sendo covarde e, mais uma vez, favorece os bancos, em prejuízo para a população brasileira”, afirmou Robson de Souza Bittencourt, presidente da FAP/MG que ainda disse: “Ao invés de oferecer dinheiro a juros, e endividar criminosamente milhões de aposentados, o Governo deveria conceder o que nos é de direito: paridade entre os benefícios e as contribuições que somos obrigados a pagar enquanto estamos na ativa”, prosseguiu Robson.
 
De acordo com a FAP/MG, a diferença entre os reajustes concedidos ao salário mínimo e aqueles dos benefícios da Previdência somam prejuízos de 67,26% desde 1994. “O Governo avilta nossos benefícios, nos impõe reajustes vergonhosos, para depois nos jogar na boca dos leões. Os bancos brasileiros têm os maiores lucros do mundo. Mas nós, os aposentados e pensionistas, estamos longe de ter nossos direitos respeitados. Se o Governo quer incentivar o consumo, que não sejamos nós os bois de piranha dessa estratégia” completou.
 
A Previdência Social paga, todos os meses, mais de 25 milhões de benefícios, em valores que ultrapassam os R$ 17 bilhões mensais. “O Governo está entregando 40% desse montante para que os bancos tenham lucro sobre os aposentados e pensionistas. Os juros autorizados são de até 3,5% ao MÊS, enquanto o reajuste concedido foi de 5,9% no ANO!”, concluiu Robson Bittencourt.
 
*Com informações da Federação dos Aposentados e Pensionistas de Minas Gerais (FAP/MG).