Dengue: Funcionários denunciam falta de estrutura para atender pacientes

Ontem, no dia Mundial da Saúde, a dengue foi a temática das mobilizações realizadas em unidades básicas e hospitais da Capital
 

Ontem, no dia Mundial da Saúde, a dengue foi a temática das mobilizações realizadas em unidades básicas e hospitais da Capital
 
Prevenção e controle da dengue. Ontem, no Dia Mundial da Saúde, as medidas preventivas de combate ao mosquito Aedes aegypti foram transmitidas por meio de apresentação teatral, realizada durante ato público em frente ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF), no Papicu. Integrantes do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência Social do Ceará (Sinprece), servidores da unidade, participaram do protesto que teve como proposta denunciar a falta de estrutura da rede pública hospitalar para atender os pacientes com dengue.
 
A diretora do Sinprece, Joana D´Arc Souza de Freitas, diz que o HGF foi escolhido para o ato público por ser uma referência. "Temos de ficar atentos ao crescimento da dengue e de outras doenças. O HGF passa por uma reforma sem fim." Ela acrescenta que a rede hospitalar precisa estar bem estruturada para que não ocorra no Ceará, o quadro que se verifica no Rio de Janeiro, que enfrenta uma epidemia de dengue.
 
Niobe Furtado Barbosa, diretora do HGF, explica que os casos mais graves têm prioridade de atendimento e que esses pacientes são identificados durante o acolhimento com classificação de risco. Ela acrescenta que, nos casos suspeitos de dengue, a orientação é fazer hemograma, hidratar, acompanhar e quem necessita de internação se não houver vaga no hospital é transferido para o Hospital Waldemar Alcântara e não para o São José, como denunciou o Sinprece. A médica observa que por causa da epidemia de dengue no Rio de Janeiro as pessoas estão procurando mais os hospitais e como o HGF é a única emergência clínica o movimento aumentou muito.
 
José Arruda Bastos, secretário-executivo da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), ressalta que, além da capacitação dos profissionais de saúde, pediatras, agentes comunitários, o órgão também está atuando na mobilização social em parcerias com os municípios. É o caso do trabalho realizado pelo fumacê e pulverização com máquinas costais que está sendo executado em municípios com maior número de casos, inclusive, em Fortaleza .
 
Ele diz que a rede hospitalar está estruturada para atender a demanda e que além dos hospitais da rede estadual, a população pode contar com 32 hospitais-pólos regionais. Arruda Bastos ressalta que o governador Cid Gomes pediu agilidade na reforma do HGF e que existem outras unidades em reforma. O sistema de saúde terá ainda apoio de 20 policlínicas e 16 centros especializados. "Estamos iniciando a construção de dois grandes hospitais de emergência, Sobral e Juazeiro do Norte."
 
Na Capital, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) mantém cerca de 90 unidades básicas, onde deve ser feito o primeiro atendimento. Muitos desses postos oferecem atendimento no terceiro turno e no fim de semana. A rede hospitalar do Município é composta de 36 unidades hospitalares, totalizando mais de 700 leitos. Também houve capacitação dos profissionais de saúde para que a assistência aos suspeitos de dengue seja reforçada.
 
E-MAIS
 
*Durante o ato público em frente ao HGF, o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência Social do Ceará (Sinprece), denunciou a insegurança no entorno do hospital e casos de furtos dentro da unidade. A proposta do Governo Federal em transformar os hospitais públicos e universitários em fundações de direito privado ou autarquias também foi ressaltado.
 
*A diretora Niobe Barbosa diz que uma das providências adotadas para coibir furtos registrados no interior da unidade foi reforçar as portas do setor de hipertensão onde acorreu o problema. Além disso, solicitou ajuda para a falta de segurança na área externa. “A viatura do Ronda está passando pelo local.” Ela ressalta que a demanda por atendimento aumentou. O hemograma é um dos exames para fazer diagnóstico diferencial de uma virose comum e dengue. Segundo ela, em março último foram 1,5 mil exames do tipo e este mês, 400.
 
*De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza, os bairros de Messejana (171), Lagoa Redonda (145), Curió (111), Bom Jardim (95) e Mondubim (94), concentram o maior número de casos de dengue. O fumacê continua passando nos bairros da Secretaria Executiva Regional (SER) VI esta semana. A área da SER V será a próxima a ser atendida pelo trabalho, que inclui ainda a pulverização com bombas costais.
 
FIQUE DE OLHO
 
Pó de café, peixe beta, vela de andiroba… As idéias para combater a larva e o mosquito da dengue são muitas. Mas até onde elas funcionam? Abaixo, o professor Haroldo César Paula, coordenador do Laboratório de Biopolímeros, explica algumas.
 
Pó de café: a larva do Aedes aegypti é muito sensível e precisa de água com bom teor de oxigênio para sobreviver. O pó de café funciona modificando o meio ambiente ideal para o desenvolvimento da larva. Pode ser colocado nos pratinhos das plantas e nos ralos.
 
Velas de andiroba e citronela: funcionam para repelir os mosquitos, mas é preciso ter cuidado e não acendê-las em locais totalmente fechados, pois podem causar intoxicação.
 
Peixe beta: esse peixe se alimenta das larvas do mosquito, mas não é recomendado para recipientes que contenham água potável, como caixas d'água – o ideal é proteger com uma tela.
 
Usar perfumes e cremes hidratantes: esses produtos podem afastar os mosquitos, pois mascaram o odor do suor – e é isso o que os atrai. O ideal mesmo é usar repelentes.
 
Usar calças jeans e tênis: o vôo do Aedes aegypti não é muito alto – cerca de um metro de altura -, mas isso não garante que ele pique somente nas regiões baixas do corpo. Se essa parte estiver protegida, ele procura uma desprotegida – braços e pescoço, por exemplo.
 
Esvaziar recipientes: não basta só jogar a água fora. É preciso lavar os recipientes com esponja ou escova, pois os ovos de Aedes aegypti resistem em ambientes adversos por até um ano. No primeiro contato com água, os ovos eclodem.
 
*Com informações de Fátima Guimarães / Jornal O POVO/ Editoria Fortaleza

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