
Nesta sexta-feira (6), diretores do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Ceará (Sinprece) se reuniram com o presidente nacional do INSS, Gilberto Waller, para tratar de pautas urgentes que impactam diretamente a categoria em todo o país, com destaque para as situações enfrentadas pelos servidores no Ceará.
Durante a reunião, os sindicalistas apresentaram uma pauta com reivindicações de ordem nacional e regional. No campo nacional, o sindicato cobrou a retirada da obrigatoriedade do Programa de Gestão e Desempenho (PGD), denunciou casos de assédio moral e institucional, especialmente contra servidores ameaçados de processos administrativos disciplinares (PAD) por conta do PGD, e solicitou a ampliação do prazo para compensação da greve.
Outro ponto enfatizado foi a retomada do Comitê dos Serviços Previdenciários, que não se reúne desde junho de 2023. Também foi solicitado que o INSS reveja ou revogue a Portaria 1264/2025, apontada pelo sindicato como um descumprimento do acordo de greve firmado em 2022. Segundo os dirigentes, a fila de análise do Benefício de Prestação Continuada (BPC) não é causada pela falta de vagas, mas sim pela insuficiência de servidores, quadro agravado pela terceirização iniciada em 2017 e intensificada durante a pandemia. Por fim, o Sinprece também defendeu a compensação coletiva da greve de 2024.
Em relação às pautas regionais, os diretores alertaram sobre a grave situação das condições de trabalho nas Agências da Previdência Social (APS) no Ceará, especialmente na Gerência Executiva de Fortaleza (GEXFOR), onde servidores enfrentam falta de ar-condicionado, computadores, linhas telefônicas e equipamentos defasados.
O Sinprece reafirmou seu compromisso com a defesa dos direitos dos servidores e agradeceu a abertura do diálogo com a presidência do INSS, colocando-se à disposição para continuar contribuindo com soluções que valorizem o serviço público e atendam com dignidade à população.